sábado, 26 de novembro de 2011

cicatrizes

meu peito dói com a vontade de chorar presa aqui, tudo que faço tem presente o medo, e a angústia da reprovação.
quero tanto ser livre, sem expectativa de ninguém à atender. só a espera pela a realização dos meus sonhos já me basta, pra que mais cobranças, pra que querer de mim o que eles mesmos não podem dar?
todos esperam que não dê certo, todos esperam que eu desista e corra para de baixo da saia da minha mãe, ela nem usa saia, e que me contente com um emprego de vendedora, não que haja algo errado, sendo que meus sonhos são maiores, grandes e extraordinários.
se eu vou consegui ? não sei. na verdade quem sabe ? mas não custa nada tentar, nem que for pra cair e quebrar a cara, pois das quedas também tiramos coisas boas, e as cicatrizes, ah, as cicatrizes... servem pra lembrar de como somos fortes e como e porquê ainda estamos de pé.

(Mariana Vasconi)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Olhar teu olhar tão triste preso em mim me levou à adormecer, não sei se era tempo pra isso ou pra dizer adeus, só não queria perder o momento de ter-me em você de me encontrar perdida em seus braços e me satisfazer de meu desejo.
Pois quando você se ia, mesmo sabendo que voltava, aquilo me partia em duas e eu não sabia como ficava, se me bastava aquele beijo ou se queria o seu desejo.
A vontade me tomava e eu não queria ir embora a tristeza se apresentava pois havia chegado a hora. O teu lábio me gritava e eu não queria ir embora.
Que prazer me romperia agora ?

(Mariana Vasconi)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

tímida vez

Saindo pela porta de casa pôde sentir o ar úmido e tão quente que sufocava, vira o céu se virar em nuvens e tempestade, mas mesmo assim caminhou sem saber pra onde ia, apenas sabendo onde queria chegar.
As gotas começavam a cair do céu, pouco a pouco encharcando cabelos e vestido. Andava mais calma do que nunca, porém trazia nos olhos a ânsia do encontro.
Chegou frente ao prédio, era madrugada e o porteiro adormecera, sorte a dela que subiu como um gato, silencioso e ligeiro, os sete andares.
Estava diante a porta quase à desistir, quando num impulso involuntário, bateu à porta. Ele abriu assustado, já era madrugada, e mais espantado ficou ao vê-la lá, desprotegida, entregue, sem seus muros tão fortemente erguidos e nunca ultrapassados, em um vestido de estampa de miúdas flores entregava a pureza nunca apreciada tão intimamente.
Antes que a surpresa passasse e ele a convidasse a entrar, ela se pendurou, como criança assustada, em seu pescoço donde parecia que não soltaria jamais. Envolvendo-a em seus braços carregou-a para dentro, lhe deu colo sem proferir palavra alguma, e foi quando, depois de horas ali, quietos e entrelaçados, os olhos se encontraram, os olhares não se largaram e os lábios se aproximaram.
A partir daí experimentariam o veneno do qual haveriam de depender para sobreviver.
Ele se encontrava onde jamais nenhum homem havia estado, acolhido e protegido entre as pernas dela. Na mistura do suor salgado e os lábios doces mantinham-se mergulhados entre os lençóis e o amor que há muito vinha sendo cultivado e como toda flor bem adubada, agora, desabrochara.


(Mariana Vasconi)

domingo, 30 de outubro de 2011

tormenta e insegurança

E mais uma vez estou pirando por nada, chorando sozinha, e enlouquecendo no escuro. Tenho a terrível sensação de estar fora do controle, perdendo meu chão, preciso de segurança, não gosto de me arriscar, e agora que estou prestes a conquistar o que eu queria temo não aguentar. Não aguentar não saber como será depois, sou insegura, preciso de pés no chão.

[Mariana Vasconi]

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


eu escrevo demais.
                             entenda eu gosto de você.
         mas não cria expectativas.  
                                                eu sou um tanto quanto de lua.
  e não estranha quando eu estiver estranha.
                                                                                              é o meu normal!




[Mariana Vasconi]

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Amizade x Amor

" Dizem que relacionamentos não estragam amizades. Mas é diferente.. me lembro do meu melhor amigo, nós conversávamos por horas, e sabíamos tudo um do outro, medos, alegrias, tudo mesmo. Eu contei coisas pra ele que ninguém sabia, traumas meus que nem meus pais imaginavam. Até o dia em que, ele começou a confundir as coisas. Lembro-me muito bem, ele me chamou num canto para conversarmos, como sempre, estávamos falando da situação que estava a casa dele, e que ele não aguentava mais viver nesse mar de brigas e tudo mais, e de repente, sem aviso ele soltou a bomba em minha mãos. "Te amo" foi o que ele disse, eu comecei a rir de nervoso, na esperança de ser um brincadeira dele. Eu já não o olhava nos olhos, comecei a tremer - ah um detalhe, ele tinha namorada - sem saber pra onde olhar o que falar, muito menos o que fazer. Enquanto ele ia cuspindo seus sentimentos em minha cara, dizia que largaria a namorada porque ele me amava de verdade como nunca havia acontecido em sua vida. Mas é claro, eu não podia aceitar essa proposta. Sim até confesso que gostava demais dele, porém não sei se tanto a ponto de arriscar a felicidade de outras pessoas, eu sabia que no fim das contas ele iria perceber que eu não era o que ele idealizou, mesmo sendo meu amigo é difícil você mostrar tudo à uma pessoa, por mais que queira ser transparente você só é puramente você quando está sozinho, se fazendo companhia, eu já sabia, ao menos desconfiava que cedo ou tarde ele se arrependeria disso. E pra variar pensei mais nos outros do que em mim. Disse pra ele continuar com a namorada, que eles faziam e continuaria fazendo um ao outro feliz e blá blá blá.
Eu achava que a história estava terminada, que ele havia entendido, entretanto não foi como eu esperava. Ele estava realmente apaixonado por mim e por isso começou a se afastar - e eu que sou uma pessoa complicadíssima, cheia de crises já não tinha mais com quem desabafar - e foi se afastando cada vez mais. Hoje eu não mais sei o que se passa com ele, somos praticamente desconhecidos. Outro dia passei por ele na rua, sério passei por ele na rua, e só, nem na minha cara ele olhou, quem via pensava que eramos duas pessoas quaisquer, que como todos desconhecidos, passam pela mesma rua sem se notar. O problema é que eu o notei e senti saudade da época em que éramos inseparáveis, insubstituíveis e mais do que tudo amigos."

[Mariana Vasconi]

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

medo de escuro.

sabe quando você é criança e precisa de alguém pra te salvar dos monstros que vivem no escuro?Pois é, depois que você cresce começa a ter monstros morando em sua cabeça, e atormentando seu coração, e ai você precisa de alguém pra te abraçar e te proteger dessas aberrações que teimam em te amedrontar, e então surge alguém que te salva e te protege, e você nunca mais vai querer esses monstros que criou, e vai expulsá-los para sempre.

[Mariana Vasconi]

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

doutor, eu fico sorrindo atoa, sonho com ele todas as noites e acordo suada e tremendo de nervoso. as vezes tento dormir e não consigo. passo horas pensando sem chegar a nenhuma conclusão. O QUE EU TENHO É GRAVE?
minha filha, você está apaixonada!
Ohh não doutor, e agora ??
ah querida o único remédio é contar pra ele e arriscar. ou então guardar isso e morrer esperando.

[Mariana Vasconi]

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

conto de fadas.

a mão corria o corpo com um toque virginal. de uma maneira que nunca havia sido tocada, a pele ouriçava e tremia. o calor traspassava a alma e virava chama. tão forte chama que nem tempestade alguma apagaria - se bem que o céu estava tão aberto e límpido, que nada mais existia além das estrelas e a lua, que havia perdido o brilho para tais olhos doces.os cachos de medusa indomável o enlaçavam e grudados ao suor de ambos fazia íntimo tal momento. os muros haviam sido derrubados, e ele cavalgava para tomar o castelo e para sempre ser salvo pela princesa.

(Mariana Vasconi)

domingo, 21 de agosto de 2011

sem esperar.

perigoso é não questionar mais. é ater-se ao que é dado. seguir o fluxo, quando o lado certo é a contra-mão. estranho é desistir do desejo e atirar-se ao medo de um não. apavorante é dizer sim quando está "bom pra todos" mas você sabe que não é o suficiente. desperdício é esperar o tal "momento certo" pra se fazer o que tem vontade, o que tem necessidade de ser AGORA!

(Mariana Vasconi)

domingo, 7 de agosto de 2011

inalcançável

o mais duro é não saber,
se há algo a fazer,
ou tudo é delírio, confusão
do meu tolo e teimoso coração.

outros são tão mais acessíveis.

mas não posso evitar,
parecia que eu nunca amaria,
e agora, justo você, despertou em mim,
essa vontade, assim, louca de doar-me enfim.

mesmo sem avisar.

eu não devia ter te olhado,
muito menos notado seu sorriso,
que insiste em desafiar,
mas que tal arriscar,
e amar-te assim sem preocupação.



(Mariana Vasconi)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

à esperança [ se ainda estiver viva ]


Cara Esperança,
A coisa aqui tá feia, é tanto ódio, tanta discórdia e tanta desgraça que o Amor fugiu, não dá notícias há um bom tempo. Até a Amizade, que sempre foi nosso porto-seguro nossa salvação, agora atende pelo apelido de "egoísmo". O Egocentrismo está tão em alta que a palavra "outro" desapareceu. Todos pensam apenas em ganhar, não esperam pela oportunidade de humilhar alguém. Éramos tão unidos, mas agora não perdemos tempo quando o assunto é confrontar e dissipar o "adversário", estamos mais pra animais, cobras prontas pra dar o bote, leões na espreita à ponto de atacar. Tudo agora é Caus, não existe Mundo.
A sociedade cometeu o suicídio, e a humanidade morreu, devido à overdose de Eu's. O Poder domina todos, o Tudo se transformou em Nada, e vive ali da esquina com a Solidão de vizinha. A Família, não se reúne mais nem com o Afeto, muito menos com a Atenção, são irmão se odiando, se apunhalando sem dar conta que a Infância, escondida no cantinho da sala assiste a tudo deixando escapar Suspiros e Gemidos, apenas instigando mais a Dor.
E "eu", aqui, implorando que alguém me ouça, que percebam o quão dolorido é ver essa situação tão de perto, sem tem "você" entre nós. "Eu" estou disposto à desculpar todos, estou de braços abertos esperando, porém nem Ninguém vem. Estou desesperado, por favor Esperança retorne à seu lar.
                                   
                                                                                                                  Atenciosa e desesperadamente,  
                                                                                                                        Perdão!


(Humanidade)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

e tremo...

Não sei se tremo de frio ou de nervoso, só de esperar sua voz meu corpo fica em alvoroço, todo louco e perigoso afim de te dominar. O sangue drena meu desejo de cima à baixo, eu tonto sem espaço começo a desmoronar afim, e só afim de te amar!


(Mariana Vasconi)

domingo, 29 de maio de 2011

deseja-me

o toque,
o olhar,
o som do caminhar.

a voz sussurrada ao ouvido,
a extasiante sonoridade do gemido.

querer,
tocar,
e os lábios arfar.

a pele na pele,
o corpo molhado adere.

você,
eu,
nós no devastador desejo de amar.


(Mariana Vasconi)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Felizmente infeliz; infelizmente feliz!

Sabe, as vezes até penso em ter alguém pra me socorrer, pra me consolar. Mas assim já não seria eu. Eu choro, é claro, porém escondida, eu fico triste,raivosa e ofendida, distante dos outros. Eu gostaria de alguém pra ouvir meus soluços e dizer que tudo ia ficar bem, mas não seria eu. Não me lembro qual foi a ultima vez que chorei na frente de alguém, não me lembro qual foi o ultimo ombro ao qual molhei, só lembro-me do travesseiro úmido e borrado de rímel - das noites que não tinha forças para tirar a maquilagem - , lembro apenas de abrir os olhos e não ver, e de soluçar baixinho, até não soluçar para que não tivessem pena de mim.
Sou fraca sim, é claro, mas só eu sei, sou frágil na minha própria presença. Já em relação aos outros, sou firme, decidida e feliz consigo mesma, para os outros não preciso de carinho - já que adormeço com meu próprio cafuné -, sou assim, forte, frígida para muitos, e delicada, frágil diante de meu cachorro de pelúcia!
(Mariana Vasconi)

domingo, 15 de maio de 2011

Verdade?

Toda verdade questionada cria novas verdades, aquilo que é inquestionável é nos dado como verdade, porém sem perguntas, sem respostas; sem respostas nós as inventamos, verdades inventadas são mentiras.

(Mariana Vasconi)

domingo, 8 de maio de 2011

Persona;

A personalidade não é baseada em qualidades, mas sim em defeitos e, em que você está disposto a arriscar para mudá-los. Pessoas com personalidade tem defeitos que os fazem únicos e fortes.
Para cada qualidade sua, você tem no mínimo um defeito; para cada ação boa, algo vergonhoso, ou seja, todos somos neutros, nem bons nem maus, ou pelo menos deveríamos ser!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

o calor das pedras envolvendo seu corpo, no prazer louco, de um sonho de uma tarde de verão !

quarta-feira, 27 de abril de 2011

fragmentando-me III

Engraçado é que travo batalhas de conceitos e opiniões em minha mente, tenho sempre os dois lados da histórias fixados na cabeça, levo tudo em consideração. Penso e discuto comigo mesma por horas, e o incrível é que nunca cheguei a uma conclusão exata. Isso acaba por me fazer crer que nunca há o certo que não vire errado, que nunca há o incomum que não se torne banalmente comum, e que não há, nem haverá conceito que não esteja parcialmente certo, e questões a serem resolvidas!
(Mariana Vasconi)

sábado, 23 de abril de 2011

fragmentando-me II

Sob minha cama escondo meus monstros de estimação .
E eles são tão assustadores e roubam meu sono e se alimentam de meu medo.   
(Mariana Vasconi)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

fragmentando-me I

há dias em que me enfeito e perfumo para mim mesma, olho-me no espelho e constato timidamente o quão vazia é a beleza quando se está triste. Sim, pergunte-me, porque estou triste, e eu lhe direi, nem ao menos sei se é tristeza ou o simples abandono da vontade de estar feliz.
(Mariana Vasconi)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Beirut - Un Dernier Verre

Deus do Olimpo

a imagem que aos meus olhos encanta,
a voz que aos meus ouvidos dança,
o perpassar que leva minh'alma do céu ao inferno,
olhos de profundos mares pelos quais aderno.

vulto perfeito que aos cantos da boca levanta,
sorriso meigo onde a costa do vale descansa,
Desejo, fazes de minha vida puro inverno,
e aos campos, brancos, por onde prosterno.

tão suaves toques que o coração emana,
quão graciosa luz que a gente chama,
queira como for és materno.

olhos verdes vais e decanta,
o coração da inocência que canta,
o corpo quente da criança hiberno.

(Mariana Vasconi)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

aqui, aquilo, aquele, o outro!

gosto de tudo aquilo que ninguém gosta - ou pelo menos não conheço quem goste -
sou consequente, não surpreendo muito - talvez seja a maior surpresa -
penso em como é a vida - mas não a vivo muito bem -
olho pra todos, tentando observar e encontrar homogeneidade - não sei se o faço direito -
tento cantar, ler e imaginar - não sei se consigo -
sou tímida, e insegura - porém falo demais depois que te conheço -
gosto de escrever o que sinto, o que vejo e o que tenho necessidade em gritar - mas não sei se você me entende, acho que eu não me entendo -
difícil vai ser, o dia em que eu descobrir que o que sou ou quem sou, e verei minhas mentiras e mutações inconstantemente comuns.

sexta-feira, 18 de março de 2011

fatos, tatos, atos !

Quem escreve sempre mente um pouquinho, mesmo que não queira, faz dos momentos mais simples cenas extraordinárias de um romance ou uma aventura qualquer
o poeta nunca escreve o que sente, quem escreve mente !
Poetas não são heróis , são vilões, eles nos fazem chorar, nos fazem acreditar no amor, e depois o rasgam sem dó nem piedade, só pra não passar vontade.
Brincar de sentir, os olhos fechar e fugir,
querer sem conseguir.
Esperar, talvez haja luz no fim de qualquer túnel, talvez as velas se apaguem e o amor acenda.
esperar, escrever, tanto faz.
Sonhar, brincar de amar, sorrir ao citar versos.
Vaidade não lhes falta, o que não tem é a dignidade de contar apenas os fatos, sem mais delongas, apenas tatos. 

domingo, 13 de março de 2011

" Deus não fez a natureza para o homem, Ele fez do homem natureza!" (Mariana Vasconi)
"Sem você, ao fechar os olhos eu apenas os fecho, com você ao fechar os olhos eu sonho."
(Mariana Vasconi)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Filosofia de vida !

o que mata é a unica esperança de vida,
podemos ter perdido a batalha de hoje, mas não a guerra de amanhã!

quarta-feira, 9 de março de 2011

e tudo que eu vi(vi)

vi uma nuvem, ela tinha formato de amor, eu fugia e lutava, você chorando me agarrava, eu cansei  me entreguei e entre as pernas te acolhi.
depois de uma noite me fiz de difícil mas nem por isso peguei de volta meu coração.
passei dias e noites em claro, buscando uma resposta de Deus, e Ele fingia não me ver, eu pedindo, rezando pra esquecer fingia nunca ter tido você.
os dias passaram, os meses se foram, e no meu peito pedaços tesouros. 
perdi a esperança e como criança me pus a chorar.
gritava seu nome, que desespero,
nesse destempero de angústia e ilusão.
passaram-se os dias o tempo faceiro corria ligeiro em outra direção, as vezes na rua pensava te ver, mas só de querer doia o coração.
o vento ventava na beira da estrada e as linhas passavam num longo clarão, a vista era linda, porém me encontrava perdida cantando a canção.
e assim decidi, por hora me ausentar, me atirar de peito aberto de cima de um penhasco, mergulhando fundo sem direção.
talvez algum dia você me procure e no verde mar encontrará o que já havia sido seu, meu coração, e então chorará recolhendo e tentado juntar os pedaços que seguiram o vento em qualquer direção !

terça-feira, 8 de março de 2011

e o grito das palavras mudas libertará o homem .

Dor sublime, sublime dor !

Escrevo um livro de lágrimas toda noite em meu mundo,
um mundo que se limita
há quatro paredes, uma porta e uma unica janela,
janela por onde o outro mundo invade com sua luz nascente de amanhecer.

Durmo gritando versos, imaginando prosas,
onde tudo se mistura e se transforma,
transforma-se em mim, o que sou,
e sou o que você deixou pra traz, tentando e não conseguindo esquecer.

Meu urso de estimação dorme junto à mim toda noite,
ele sempre quer me ajudar, mas não deixo,
ele absorve meus sentimentos em gotas,
tenta me responder, fico atenta, mas dor não vem sem querer.

De algum modo a dor tem meu endereço, meu número de telefone,
e sabe, sim sabe tão bem quem sou que usa dos meus medos pra me machucar,
e me mostra que ao amanhecer, me pego sem conseguir esquecer, mesmo sendo sem querer que estás a me machucar !
(Mariana Vasconi)

domingo, 6 de março de 2011

atração;

toda pessoa é potencialmente apaixonante, até que você a conhece melhor !

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cartas ao passado

Hoje entre lágrimas lembrei você e em um choro incessante te senti aqui, eu não queria parar de chorar, pois sabia que irias.
Lembrei então da minha infância, e com meu aniversário assim tão próximo, dos meus presentes, mas o que eu mais desejava era você aqui comigo, novamente.
sinto tanto por te perder, você nem avisou que iria, eu ainda tinha muito pra te contar e mais ainda pra viver com você.
Porém eu sei que de mim conheces tudo, meus segredos, meus temores, e arrependimentos, e eu aqui sendo egoísta queria apenas seus conselhos. Que pena que não pode me responder as vezes até te vejo dizendo, mas minha mente embaralhada e bagunçada  não me deixa compreender.
Ah se a saudade não existisse, eu estaria mais tranquila, pois saberia que você ainda estaria aqui, afinal sempre ouvi dizer e reafirmo não há partida sem perda, e nenhuma perda se esquece assim, ainda mais quando existiu e existe amor, e esse amor é tão grande que mesmo que a eternidade seja finita ele ultrapassará.
E em meus sorrisos líquidos senti um conforto, pareceu-me aquele abraço que tinha ficado pra depois, e aos céus mandei um beijo, esperando que recebeste, e aguardo vigorosamente um beijo seu !
SAUDADES .....  (De Mariana Vasconi à Nelson Vasconi)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Boa Noite

A rua está vazia, sem almas nem pecados, e um bobo sonhando acordado me lembra alguém,
Que nem se quer aparece, ao menos que viesse pra dizer que não volta mais.
A rua canta muda, o vento sopra calmo, a vida flui imunda nos becos do meu bairro,
As crianças dormem há horas onde eu devia estar também.
Esqueço que há futuro e vivo de um passado que nem sequer existiu pra você.
O presente não me serviu, o devolvi à meu Deus,
Sem pressa fugiu com tudo aquilo que era meu.
Não sei dizer as horas, mas dores eu sei bem,
Quem sabe tu me entendes apenas por ser eu.
A carne crua na tua boca me treme o corpo, a vida pulsa forte, mas o sono me bateu,
Esses versos termino outra hora, pois agora volto pro que me deu !

(Mariana Vasconi)

e se ? IV

e se quem sente dor não precise de remédio, mas precise apenas chorar ?
(Mariana Vasconi)

sem tempo.

Amigo lhe confesso, por um momento até lhe peço que guarde esse segredo, do tempo eu tenho medo.
O tempo faz pirraça, ele acha que tem graça correr assim tão devagar.
ele brinca de voar, ou então rastejar,
ensina a caminhar,
o tempo nos joga as traças nos caça pra na parede pendurar.

o tempo é IMPOSSÍVEL em todos os sentidos POSSÍVEIS.
será que ele vai parar,
mas amigo se o tempo parar ele será nosso inimigo,
isso é até desconhecido e duro de enfrentar,
pense comigo, o tempo para quando morremos.
e depois da morte há a eternidade
e a eternidade então deve ser a ausencia do tempo.
(Mariana Vasconi)

e se ? III

já revolucionamos a ciência, tantas e tantas vezes, construímos o avião, fomos a lua e voltamos, descobrimos curas pra centenas de doenças. Será que que um dia aprenderemos a amar…amar todas as raças, credos e religiões ????
(Mariana Vasconi)

e se ? II

e se a luz fosse apenas uma ilusão criada pela escuridão !?
(Mariana Vasconi)

e se ? I

eu acho que tenho medo de descobrir quem eu sou, talvez isso me assuste de tal maneira que eu nunca mais queira ser a mesma.
(Mariana Vasconi)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A Rosa e o Cravo !

Mais que linda ela é uma rosa de afeto e formosura, conquista, inebria, leva homens à loucura.
Sem chance de socorro nem tempo pra perdão, essa linda rosa branca roubou seu coração.
Ele então se entregou cansado de tanto relutar, e livre apaixonado se colocou a cantar:
Bela rosa, linda flor, de tudo que me falta o que quero é seu amor.
Ela respondeu em prosa:
Cravo bravo de raro perfume, diga-me quando e como de costume!
Ele sorrindo beijou-a na nuca, ela chorando cantava maluca.
(Mariana Vasconi)