terça-feira, 8 de março de 2011

Dor sublime, sublime dor !

Escrevo um livro de lágrimas toda noite em meu mundo,
um mundo que se limita
há quatro paredes, uma porta e uma unica janela,
janela por onde o outro mundo invade com sua luz nascente de amanhecer.

Durmo gritando versos, imaginando prosas,
onde tudo se mistura e se transforma,
transforma-se em mim, o que sou,
e sou o que você deixou pra traz, tentando e não conseguindo esquecer.

Meu urso de estimação dorme junto à mim toda noite,
ele sempre quer me ajudar, mas não deixo,
ele absorve meus sentimentos em gotas,
tenta me responder, fico atenta, mas dor não vem sem querer.

De algum modo a dor tem meu endereço, meu número de telefone,
e sabe, sim sabe tão bem quem sou que usa dos meus medos pra me machucar,
e me mostra que ao amanhecer, me pego sem conseguir esquecer, mesmo sendo sem querer que estás a me machucar !
(Mariana Vasconi)

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