sábado, 19 de fevereiro de 2011

Boa Noite

A rua está vazia, sem almas nem pecados, e um bobo sonhando acordado me lembra alguém,
Que nem se quer aparece, ao menos que viesse pra dizer que não volta mais.
A rua canta muda, o vento sopra calmo, a vida flui imunda nos becos do meu bairro,
As crianças dormem há horas onde eu devia estar também.
Esqueço que há futuro e vivo de um passado que nem sequer existiu pra você.
O presente não me serviu, o devolvi à meu Deus,
Sem pressa fugiu com tudo aquilo que era meu.
Não sei dizer as horas, mas dores eu sei bem,
Quem sabe tu me entendes apenas por ser eu.
A carne crua na tua boca me treme o corpo, a vida pulsa forte, mas o sono me bateu,
Esses versos termino outra hora, pois agora volto pro que me deu !

(Mariana Vasconi)

e se ? IV

e se quem sente dor não precise de remédio, mas precise apenas chorar ?
(Mariana Vasconi)

sem tempo.

Amigo lhe confesso, por um momento até lhe peço que guarde esse segredo, do tempo eu tenho medo.
O tempo faz pirraça, ele acha que tem graça correr assim tão devagar.
ele brinca de voar, ou então rastejar,
ensina a caminhar,
o tempo nos joga as traças nos caça pra na parede pendurar.

o tempo é IMPOSSÍVEL em todos os sentidos POSSÍVEIS.
será que ele vai parar,
mas amigo se o tempo parar ele será nosso inimigo,
isso é até desconhecido e duro de enfrentar,
pense comigo, o tempo para quando morremos.
e depois da morte há a eternidade
e a eternidade então deve ser a ausencia do tempo.
(Mariana Vasconi)

e se ? III

já revolucionamos a ciência, tantas e tantas vezes, construímos o avião, fomos a lua e voltamos, descobrimos curas pra centenas de doenças. Será que que um dia aprenderemos a amar…amar todas as raças, credos e religiões ????
(Mariana Vasconi)

e se ? II

e se a luz fosse apenas uma ilusão criada pela escuridão !?
(Mariana Vasconi)

e se ? I

eu acho que tenho medo de descobrir quem eu sou, talvez isso me assuste de tal maneira que eu nunca mais queira ser a mesma.
(Mariana Vasconi)